Trabalhar demais não aumenta só o cansaço, mas também o risco de desenvolver depressão. A conclusão foi obtida em estudo feito por pesquisadores britânicos e publicado na PLoS ONE.
Os pesquisadores recrutaram mais de 2.000 trabalhadores, entre 35 e 55 anos, de cargos diferentes. Eles foram ac
ompanhados por seis anos e os cientistas notaram uma associação clara entre o excesso de horas trabalhadas e a depressão.
Os que trabalhavam mais de 11 horas diárias tinham mais chances de sofrer da doença. Em seguida, apareciam como grupos de risco as mulheres, os jovens e os mal-remunerados.
Desafio e remuneração
Ao longo do estudo, 66 participantes experimentaram episódios graves de depressão, especialmente os que trabalhavam mais do que oito horas por dia.
No entanto, homens com empregos desafiadores e bons salários apresentaram níveis de depressão menores em relação aos outros grupos, mesmo passando bastante tempo na empresa. Segundo os pesquisadores, gostar do que se faz e ter o apoio de subordinados para realizar o trabalho têm efeito protetor para eles.
Já entre as mulheres ter um bom cargo não protege da depressão, provavelmente porque elas possuem mais responsabilidades que os homens fora do trabalho.
Com relação aos mais jovens, os pesquisadores especulam que o alto nível de depressão tenha relação com o fato de terem que se dedicar à carreira ao mesmo tempo em que têm de enfrentar desafios na vida pessoal e financeira.
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